A Última Ceia e a Unção de Jesus
O Evangelho de Marcos, no capítulo 14, nos leva para a última semana de Jesus antes da sua crucificação. A atmosfera é tensa, e Jesus está consciente do que se aproxima. Em meio a esse contexto, somos apresentados a uma cena de profunda adoração e gratidão, mas também de murmuração e traição.
Em Betânia, na Casa de Simão
Jesus se encontra em Betânia, na casa de Simão, o leproso. Simão, curado por Jesus, oferece um banquete em sua honra, um gesto de gratidão pelo milagre que recebeu. A cena é uma representação da alegria da redenção e do perdão.
Maria e o Vaso de Alabastro
Em meio ao banquete, surge Maria, uma mulher cheia de amor por Jesus. Ela traz consigo um vaso de alabastro com um perfume de nardo puro, de muito preço. E, em um gesto de profunda devoção, ela quebra o vaso e derrama todo o perfume sobre a cabeça de Jesus.
“Veio uma mulher, a qual trazia um vaso de alabastro com unguento de nardo puro, de muito preço; e, quebrando o vaso, derramou-o sobre a cabeça dele.” (Marcos 14:3)
Reações Contrastantes
A atitude de Maria gera reações contrastantes. Alguns se indignaram, questionando o desperdício, argumentando que o perfume poderia ter sido vendido e o dinheiro dado aos pobres.
“E alguns houve que em si mesmos se indignaram, e disseram: Para que se fez este desperdício de unguento? Porque podia vender-se por mais de trezentos dinheiros e dá-lo aos pobres.” (Marcos 14:4-5)
Jesus, porém, sai em defesa de Maria:
“Deixai-a; por que a molestais? Ela fez me bom. Porque sempre tendes os pobres convosco, e quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem; mas a mim não me tendes sempre.” (Marcos 14:6-7)
A Adoração Genuína
Jesus reconhece a profunda adoração de Maria. Para ela, Jesus era infinitamente mais precioso do que o perfume. Ele compreende que Maria não está apenas expressando gratidão, mas também se preparando para o seu sepultamento.
“Em verdade vos digo que, em todas as partes do mundo, onde este evangelho for pregado, também será contado para sua memória o que ela fez.” (Marcos 14:9)
Judas, o Traidor
Em contraste com a adoração de Maria, surge Judas Iscariotes, um dos doze discípulos, que se aproxima dos principais sacerdotes para negociar a entrega de Jesus.
“Judas Iscariotes, um dos doze, foi ter com os principais dos sacerdotes, para o entregar.” (Marcos 14:10)
Lições para Nós
A cena em Betânia nos ensina a importância da adoração genuína. Jesus não buscava apenas milagres, mas também consolo e companheirismo. Devemos buscar oportunidades para expressar nossa gratidão e amor a Ele, reconhecendo seu valor acima de tudo.
- A Adoração é Prioridade: Jesus enfatiza que devemos amar a Deus acima de tudo, incluindo o amor ao próximo e a ajuda aos necessitados.
- O Valor de Jesus: Maria compreendeu o valor de Jesus, reconhecendo sua preciosidade acima de qualquer bem material.
- Gratidão e Adoração: Simão, o leproso, expressou sua gratidão por meio de um banquete. Maria, por meio da unção.
- Contrastes da Fé: O contraste entre Maria e Judas nos mostra que dentro de um mesmo grupo, podem existir diferentes atitudes diante de Jesus: adoração, murmuração e traição.
Um Desafio para Hoje
Que a história de Maria nos inspire a expressar nossa gratidão e adoração a Jesus de maneira genuína. Que não deixemos escapar a oportunidade de honrá-lo e reconhecer sua obra em nossas vidas.
Que nossas ações e palavras reflitam a verdade de que Jesus é o nosso maior tesouro, digno de toda nossa adoração e gratidão.
