A Cruz que Era Para Mim

Ora, por ocasião da festa, costumava o presidente soltar um preso, escolhendo o povo aquele que quisesse. Portanto, estando eles reunidos, disse-lhes Pilatos: "Qual quereis que vos solte? Barrabás ou Jesus, chamado Cristo?"

Mas os príncipes dos sacerdotes persuadiram a multidão que pedisse Barrabás e matassem Jesus. Disse-lhe Pilatos: "Que farei, então, de Jesus, chamado Cristo?" Disseram, e todos: "Seja crucificado!"

Era noite. Outro dia tinha passado e tudo estava quieto. Mas que importava? Era sempre noite na cela fria e úmida onde Barrabás se encontrava. Mas havia uma diferença, porque aquela noite, em particular, era a noite do julgamento de Barrabás. Era a última noite na terra para ele; sua carreira estava terminada. Ao fundo, no canto mais escuro da cela, ele estava agachado, mergulhado em seus pensamentos. Mas, umas poucas horas, e tudo, tudo estaria terminado. De manhã, ele ouviu os passos do carcereiro vindo no corredor. A chave foi colocada na fechadura, a lingueta moveu-se e a porta abriu-se. Barrabás ainda se encontrava baixado no canto escuro da cela, como antes.

"Barrabás, você já ouviu as boas novas?" Era a voz do carcereiro.

"Boas Novas?" respondeu Barrabás. "Tudo que sei é que este é o dia da minha execução e que você é o meu carrasco e veio buscar-me para levar-me para que eu seja crucificado pelos meus crimes."

Barrabás afastou-se, encostando na parede fria e úmida da cela. "Mas então, você não sabe", replicou o carcereiro. "Ouça, Barrabás! Alguém morreu por você!"

"Como assim, alguém morreu por mim? O que você quer dizer com isso?"

"Venha comigo e eu te mostrarei", disse o carcereiro. Pela porta, através do corredor, passando por numerosas celas, até a rua e para além das muralhas de Jerusalém, o carcereiro, como guia, levou o Barrabás.

"Você vê aquelas cruzes lá longe?", perguntou o carcereiro.

O condenado olhou e respondeu: "Sim, vejo. Há três cruzes."

"Não, sim, mas você vê a cruz do centro?"

"Sim", respondeu Barrabás.

"Bem, aquela cruz do centro foi feita para você, e você, Barrabás, deveria ter morrido nela hoje de manhã. Mas, então, aquele homem dependurado nela está morrendo no meu lugar e por mim!"

"Sim, Barrabás, por você", confirmou o carcereiro. "Não lhe disse eu que alguém morreu por você?"

"Mas será possível... por mim... morrendo por mim... ocupando o meu lugar..."

E Barrabás concluiu: "Sim, aquela cruz foi feita para mim, e eu deveria estar pendurado nela agora, e com tudo, ele está morrendo em meu lugar. Eu não posso compreender isso. Verdadeiramente, ele está morrendo por mim. Me responda: quem é ele? Qual é o nome dele?"

O carcereiro, apontando em direção à cruz, respondeu: "Barrabás, o nome dele, ele é Jesus Cristo!"

Cristo é paz e vida! Ele tem a solução para o teu sofrer. Cristo é paz e vida! Ele hoje vai mudar o teu viver.

Quando todas as portas já estão fechadas, chega, chega e te desesfoga: "Estou aqui! Quero hoje transformar a sua vida. Venha, ovelha ferida, vou cuidar bem de você. A solução? Basta você querer. Pode me dar tanto o teu sofrer, ele hoje vai mudar o seu viver. Cristo, Cristo, Santo! O teu sofrer, a paz de vida, ele hoje vai mudar o seu viver!"