Conta-se uma lenda que há muitos anos na África, os animais se reuniram para descobrirem qual deles era o mais importante. Era uma escolha difícil. O mais importante não seria apenas o mais forte, o mais formoso ou o mais esperto. Mas seria aquele que por sua tarefa fosse imprescindível para todos os outros animais, que o desempenho de seu trabalho pesasse no futuro de toda a bicharada.

E foi nesse clima que começou o grande concurso. Os animais mais formosos foram logo tomando a frente para desfilarem diante do júri da mesma forma. Os animais mais robustos, mais fortes, abriram espaços entre a plateia e se colocaram em posição de destaque. Os pequenos, os feios, coitados, foram tomando os lugares lá de trás, do fundo.

No reino animal, quando se trata de força e coragem, vem logo à nossa mente o leão, o búfalo, o rinoceronte e o elefante, são tão fortes. Agora, se falarmos de beleza, a águia é a rainha. E não podemos esquecer da girafa, da gazela. E na parte de inteligência, a abelha quando constrói matematicamente seus favos, o João-de-Barro, que engenheiro construtor, o papagaio que imita até a voz do homem. Mas que escolha complicada essa! Quem seria o animal mais importante, mais útil entre todos? Quem venceria?

A finalidade do concurso era estabelecer dentre todos os animais aquele a quem a Mãe Natureza confiou uma tarefa verdadeiramente extraordinária. Quem venceria? Muitos imaginavam que seria o leão, o rei dos animais, que chamava atenção de todos. Mas, de repente, apareceu a Dona Minhoca, que havia se colocado lá atrás, no último lugar. E na última hora, ela foi lembrada. E a minhoca se apresentou, embora fosse ela um dos seres mais desprezados, sem nenhuma beleza aparente. Foi ela, a minhoca, que a Mãe Natureza confiou uma missão fundamental para todo o reino animal. Pois a minhoca é responsável por cavar túneis na terra, os quais levam o ar atmosférico, o oxigênio e minerais até as raízes das plantas, fazendo-as crescer fortes e saudáveis. E assim, alimentar os animais. Ainda que a Dona Minhoca não tenha ouvidos, nem olhos, nem nariz, e apenas boca, a minhoca, ela é imprescindível, mais importante do que a força do leão, a beleza da águia e a inteligência da abelha.

E foi assim que reconhecida por todos os animais, a Dona Minhoca ganhou o concurso, sendo elogiada, aplaudida por todo o reino animal. E assim, aprendemos uma grande lição. Que o critério para se avaliar uma pessoa, fazer um juízo, julgar, não é apenas pela aparência, pela beleza, força, inteligência. Não. Uma pessoa, ela é medida, ela vale o que tem por dentro. Veja o exemplo do Senhor Jesus. No livro do profeta Isaías, capítulo de número 53, lá está escrito que o Senhor Jesus foi desprezado, rejeitado, aquele que não teve beleza nem formosura. Quando se olhava para ele, nada havia que o desejassemos. Homem, Homem de dores, experimentado no trabalho, no sofrimento. Ele foi ferido, moído pelos nossos pecados. E o valor do Senhor, não se pode medir. Ninguém é mais importante do que o Senhor Jesus. Ele é extraordinário, maravilhoso. Ele é a nossa eterna salvação. Pois sem Ele, Jesus, nós não podemos viver. O Senhor Jesus é tão precioso. E ainda, Ele ensinou que nós, para sermos grandes, importantes, temos que ser o menor, temos que ser fiéis, nós temos que ser útil. E só assim nós vamos ser reconhecidos e, com certeza, seremos parecidos com Ele, o Rei dos Reis, Senhor dos Senhores, Jesus Cristo.

CrônicasHomem de DeusMinhocaReino AnimalImportânciaValorMissãoBelezaForçaInteligênciaJesus CristoEspiritualidadeLições de Vida.CrônicasLições de Vida.

João Misael Pagliarin

A palavra de Deus tem poder para curar, salvar, libertar os cativos.

Você pode gostar

Ilustrações

A Janela e o Espelho: Jovem Rico

A importância de olhar para além de nós mesmos e ter compaixão pelo próximo. A história de um jovem rico que busca conselho de um Rabi, nos leva a questionar a nossa própria percepção da realidade e o quanto estamos dispostos a ver além do nosso

por João Misael Pagliarin

Ilustrações

Um Diálogo Inesperado do Senhor

Um texto comovente que explora a busca por conexão e a importância da atenção, contado através da perspectiva de Jesus Cristo, que aguarda pacientemente por um reconhecimento e conversa com seu filho. Uma crônica inspiradora sobre a presença divina

por João Misael Pagliarin